Indignado
Já dizia Salgueiro Maia que existem várias formas de organizar o Estado. O Estado capitalista, o Estado comunista e o estado a que nós chegamos. Trago de volta as sábias palavras do capitão após ouvir a proposta das confederações patronais de que deveria ser alterado o artigo 53 da Constituição Portuguesa. O que defende a proibição de despedimentos sem justa causa ou por motivos políticos e ideológicos. E porquê? Diz o presidente da CAP que é para flexibilizar o mercado de trabalho.
Não sei nesta história o que me indigna mais. Se o desplante dos senhores patrões em sugerirem alterações à lei mestra do país, sem terem a mínima legitimidade. Se a proposta em si, de tão bárbara e terceiro mundista que é. Ou se o facto de eles se sentirem à vontade para proporem tal atrocidade.
O facto é que os sucessivos Governos, começando por Cavaco Silva, foram fazendo cedências às entidades patronais nas concertações sociais e ouvidos moucos aos trabalhadores nas ruas. Este Governo, supostamente de esquerda, não podia nem entreter este pensamento quanto mais esperar ouvi-lo. É a prova de que o patronato se sente à vontade com Sócrates e companhia.
Este, entre outros episódios da governação recente, só reforçam a minha vontade em continuar à votar à esquerda. Mas à verdadeira esquerda. A que não é moderna. Porque sabe que os problemas de agora são os mesmos de sempre.
Não sei nesta história o que me indigna mais. Se o desplante dos senhores patrões em sugerirem alterações à lei mestra do país, sem terem a mínima legitimidade. Se a proposta em si, de tão bárbara e terceiro mundista que é. Ou se o facto de eles se sentirem à vontade para proporem tal atrocidade.
O facto é que os sucessivos Governos, começando por Cavaco Silva, foram fazendo cedências às entidades patronais nas concertações sociais e ouvidos moucos aos trabalhadores nas ruas. Este Governo, supostamente de esquerda, não podia nem entreter este pensamento quanto mais esperar ouvi-lo. É a prova de que o patronato se sente à vontade com Sócrates e companhia.
Este, entre outros episódios da governação recente, só reforçam a minha vontade em continuar à votar à esquerda. Mas à verdadeira esquerda. A que não é moderna. Porque sabe que os problemas de agora são os mesmos de sempre.