17 setembro 2005 

Nações Unidas?

Terminou hoje a cimeira que celebra os 60 anos da ONU, e como se esperava foi um rotundo falhanço. Apesar das muito boas propostas do secretário geral, Koffi Anan, o acordo entre as nações do mundo não chegou a acontecer. E tudo por culpa dos responsáveis do costume, nas questões de sempre. A Rússia e os Estados Unidos nas questões de desarmamento e ambiente, a Europa e China nas reformas de comércio. Os únicos acordos acabaram por ser nas questões de unanimidade, como a pobreza e o combate ao terrorismo. E mesmo aqui foram dados objectivos bastante vagos. E apesar dos falhanços do Conselho de Segurança em impedir as guerras preventivas, como no Iraque, os cinco membros (China, França, Grã-Bretanha, Rússia e Estados Unidos) não querem perder os privilégios na decisão de guerras legais.


No outro lado da rua, também em Nova Iorque, a fundação criada pelo ex-presidente americano Bill Clinton aproveitou para reunir alguns dos chefes de Estado e decisores económicos e foi muito mais prática. Em pouco tempo chegaram a acordo e já têm prontos 100 milhões de euros para investir no desenvolvimento e luta contra a pobreza. Dinheiro que, felizmente, não vai passar pelas fontes institucionais dos países de 3º mundo. Uma maneira de evitar a corrupção e o desvio de fundos.

Quer-me parecer que as velhas instituições estão a perder capacidade de resposta e continuam demasiado presas por baixa política. Num mundo cada vez mais dividido, é difícil encontrar consensos e é preciso dar uma verdadeira vassourada em agências corruptas e nos interesses estabelecidos dos países mais ricos ou Estados renegados. Com a ONU assim para os próximos dez anos é que não vamos lá...


14 setembro 2005 

Prémio 1 + 1 = 2



"Para o Porto enriquecer, é preciso que a grande Lisboa empobreça."

- Ludgero Marques, no discurso de tomada de posse como presidente da Associação Empresarial de Portugal.

13 setembro 2005 

Sem comentários

"Não sei porque é que me tiraram das sondagens. Estou na mesma situação que Cavaco Silva." - Manuel Alegre, Correio da Manhã.