28 abril 2007 

Agora que falas nisso


Bem, mais do que um filme, este é um diálogo de hora e meia entre um homem e uma mulher. Chama-se "Conversations with other women" e teve a infeliz tradução portuguesa de "Relações Imorais". É um olhar intenso sobre os sentimentos que ligam duas pessoas numa fase mais desencantada da vida. Tem duas actuações brilhantes de Aaron Eckhart e Helena Bonham Carter (que tem grandes semelhanças com eu sei quem). Tocou-me particularmente. Quem sabe, não fará o mesmo por ti...

 

I know it's over


Quanto mais o tempo passa, mais sinto simpatia pela figura de Carmona Rodrigues. Agora então que ele é arguido, sinto-me invadido por uma compaixão digna de um bom católico. Cada vez que vejo o senhor a fugir dos jornalistas que o perseguem implacavelmente, ou a dizer que não vê razão para abandonar o cargo, lembro-me daqueles meninos que sabem que o jogo acabou, mas continuam a correr com a bola porque querem continuar a partida. Quanto mais foge, mais Carmona vislumbra ao longe a realidade. E mesmo ao fundo, no canto do olho, vê a saída airosa que deveria ter tomado há pelo menos três meses. Mas lá vai ele, correndo com a bola, deixando os meninos mais velhos zangados. Sabendo perfeitamente que, quando a bola voltar às mãos deles, nunca volta a jogar naquele pelado. É tão pateta que cria simpatia.


P.S: Escrevo isto após ouvir uma entrevista do presidente à Rádio Capital. Uma conversa light sobre estilo de vida. Carmona diz que a música que mais o marcou foi a versão da Amália de "Foi Deus". Penso que, dentro de pouco tempo, vai ouvir o povo de Lisboa a cantar-lhe uma versão de "Fodeu-se".

24 abril 2007 

A ternura dos 30

Desde muito novo que tenho o mesmo grupo de amigos. Amigos a sério. Não são conhecidos, nem colegas. São anos de água debaixo da ponte, memórias impagáveis. Este sábado, o mais novo de todos fez 30 aninhos. Ele é barman, estava de serviço e foi uma desculpa para nos juntarmos (quase) todos e fazer uma noitada à moda antiga. É reconfortante que muitos anos depois as coisas mudam pouco. Foi uma saída praticamente igual à de 10 anos atrás, excepto que todos temos carta e carro. Foi um momento de rara felicidade. Contentamento por estarmos juntos, como sempre. Quanto mais tempo passa, mais me apercebo da importância deles. Dos meus amigos. Dos meus irmãos. Até aos 40 anos do Pussy, suas putas! :)