A queda de um império
Confesso que não sou um grande admirador do festival de Cannes. É a versão arrogantemente europeia dos Óscares. Se na América, é dobrar o traseiro para a indústria, pelo velho Continente é a bajulação dos realizadores. Pessoas que realmente já ultrapassaram há muito a fase criativa da carreira e se sentam à boa e velha glória de louros há muito passados. Refiro-me a personagens tão desinteressantes como Roman Polanski, Gus Van Sant ou mesmo (atenção a uma pausa patriótica) a Manuel de Oliveira.
Mas este ano há uma película que realmente me traz curiosidade. É a estreia em cinema de uma das figuras mais interessantes da BD mundial. A iraniana Marjane Satrapi traz à tela a obra autobiográfica que lhe ganhou notoriedade. "Persepolis" é a crónica da infância da pequena Marji, vinda duma família aristocrática e da oposição marxista ao Xá do Irão. Aos oito anos presencia a revolução islâmica que instaura o regime religioso. Esta é a visão duma criança que passou por todas as transformações. De como eram vividas as paixões de escola, de como encontrava discos de Ramones no mercado negro, de como era o quotidiano num dos regimes mais repressivos de sempre. Até ao dia em que, com 14 anos, foge para a Suiça.
Um livro fenomenal em sensibilidade e inteligência. Os relatos apontam para uma transposição fiel para o celulóide. As vozes estão a cargo de Catherine Deneuve e Chiara Mastroianni, entre outros. Confesso a ansiedade.
Mas este ano há uma película que realmente me traz curiosidade. É a estreia em cinema de uma das figuras mais interessantes da BD mundial. A iraniana Marjane Satrapi traz à tela a obra autobiográfica que lhe ganhou notoriedade. "Persepolis" é a crónica da infância da pequena Marji, vinda duma família aristocrática e da oposição marxista ao Xá do Irão. Aos oito anos presencia a revolução islâmica que instaura o regime religioso. Esta é a visão duma criança que passou por todas as transformações. De como eram vividas as paixões de escola, de como encontrava discos de Ramones no mercado negro, de como era o quotidiano num dos regimes mais repressivos de sempre. Até ao dia em que, com 14 anos, foge para a Suiça.
Um livro fenomenal em sensibilidade e inteligência. Os relatos apontam para uma transposição fiel para o celulóide. As vozes estão a cargo de Catherine Deneuve e Chiara Mastroianni, entre outros. Confesso a ansiedade.
tava a ver essas imagens e lembrei-me do "belleville rendez-vous." grande filme.
beijo
Posted by Anónimo | 18:52