15 junho 2007 

Assim


Porque há coisas assim. Há quem chega e esteja logo de partida. Há quem fique por um bocado. Arrume a casa até não a conhecermos mais. Há quem queira ficar, mas nos obriga a abandonar. E depois existes tu.

Porque há dias longos e sem fim. E o céu sempre a mudar. Umas vezes chove e outras o brilho parece cegar. Há ruas que não acabam e vontade de parar. Mas o nosso tempo foi pouco. Haveria sempre o ser.

Porque o mar é uma revolta e as ondas um gritar. Porque as mãos estavam abertas e o peito a palpitar. Porque um abraço era um horizonte sem fim a vislumbrar. Porque te foste mas nunca partiste. Contigo foi sempre assim.