A retirada
Termina hoje oficialmente, num tom de revolta já esperado, a colonização israelita da Faixa de Gaza, que já durava há 29 anos. Uma ocupação que durante estas quase três décadas teve a condenação da comunidade internacional, inclusive dos maiores aliados de Telavive, os Estados Unidos.
Uma colonização que começou pouco depois da famigerada guerra dos seis dias, e que tinha como principal objectivo expulsar os palestinianos da terra que foi sua durante dois mil anos. Para as colónias na Faixa de Gaza e Cisjordânia foram enviados judeus refugiados de países de Leste, principalmente da antiga União Soviética. A quem chegava à terra prometida era-lhes oferecida uma casa em território palestiniano, um emprego e escola para os filhos. Isto enquanto os árabes na região eram votados à miséria, aos pontos de controlo e a taxas de desemprego acima dos 80%.
Esta retirada é uma exigência para a continuação do Roteiro para a Paz, e vai entregar a mais pequena região da Autoridade Palestiana ao total domínio dos árabes. Mas de nada vai servir para acalmar os ânimos se não continuar com a retirada dos colonatos da Cisjordânia. Só assim será possível o princípio de dois povos, dois países. E quem sabe, aquilo que há muito parecia impossível. Paz entre israelitas e palestinianos. Isto pelas mãos do mesmo homem responsável por um dos maiores massacres de inocentes, num campo de refugiados em Beirute, o actual primeiro ministro israelita, Ariel Sharon.
Uma colonização que começou pouco depois da famigerada guerra dos seis dias, e que tinha como principal objectivo expulsar os palestinianos da terra que foi sua durante dois mil anos. Para as colónias na Faixa de Gaza e Cisjordânia foram enviados judeus refugiados de países de Leste, principalmente da antiga União Soviética. A quem chegava à terra prometida era-lhes oferecida uma casa em território palestiniano, um emprego e escola para os filhos. Isto enquanto os árabes na região eram votados à miséria, aos pontos de controlo e a taxas de desemprego acima dos 80%.
Esta retirada é uma exigência para a continuação do Roteiro para a Paz, e vai entregar a mais pequena região da Autoridade Palestiana ao total domínio dos árabes. Mas de nada vai servir para acalmar os ânimos se não continuar com a retirada dos colonatos da Cisjordânia. Só assim será possível o princípio de dois povos, dois países. E quem sabe, aquilo que há muito parecia impossível. Paz entre israelitas e palestinianos. Isto pelas mãos do mesmo homem responsável por um dos maiores massacres de inocentes, num campo de refugiados em Beirute, o actual primeiro ministro israelita, Ariel Sharon.